Ontem...
Abandonei o claustro
Desamarrei o olhar
Sacudi o lodo da fatalidade
Tomei nas mãos o sorriso
E penetrei em todas as vielas.
Deambulei por ruelas vadias
Rasguei códigos desgastados.
Rompi os véus do formalismo
Desnudei a alma
E tornei-me forasteira de sonhos.
Hoje,
Procurei o cais do silêncio
Tomei o barco da aventura
E converti-me em passageira furtiva
Sem nome e sem lei…
Fátima Morão
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