domingo, 1 de junho de 2008

Poema de aniversário


Nasci ontem
Quando fiz dez anos
completei dezoito
Minha adolescência
foi dos sete aos noventa
Aos sete já tinta cinquenta e seis
Dos vinte cinco pulei prós trinta e dois
Depois prós dezasseis
Depois cinquenta e nove
E vinte um
Assim tem sido meus dias
Enquanto o corpo faz aniversário em linha recta
A alma é rondómica e subjectiva
Ela depende, assim como o tempo de Einstein
Do que depende, eu não sei
Apenas sigo fazendo aniversários
E desfazendo-os
Existindo de tempos em tempos
Pois entre este que inspira
E este outro que sopra as velas
Não tenho idade.
(Desconheço o autor)

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