domingo, 8 de junho de 2008

Horas perfeitas

Ó dia de hoje, ó dia de horas claras
florindo nas ondas, cantando nas florestas,
No teu ar brilham transparentes festas
E o fantasma das maravilhas raras
em que há por vezes súbitas demoras
Plenas como pausas de um verso.

Ó dia de hoje, ó dia de horas leves
bailando na doçura
e na amargura
De serem perfeitas e de serem breves.

Sophia de Mello Breyner Andresen

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