sábado, 7 de junho de 2008

Liberdade...

Quem me dera ser vagabundo
de um mundo
qualquer!...
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Quem me dera ir,…
a comer as amoras dos valados,
a dormir sobre a grama, sem telhados,
que não fossem os do céu!...
Ser “Eu”…
acenar aos que trabalham nos campos,
e parar,
a ouvir as canções populares!...
Seguir sempre sozinha, comigo
e com o sol…
ver nascer o arrebol,
e caminhar…sem destino…
ao som não sei de que hino,…
mas livre…livre!...
……………………………………………
Ah!...ser simples!...
não pensar na modista,
nem no dentista,
nem nas unhas por polir…
não pensar na guerra
nem na pobreza…
saber só que a Natureza
é bela e igual para todos!...
Saber só, que caminho sozinha,
feliz com a minha liberdade!...
Não conhecer a saudade
do que ficou para trás!...
e saber que há sempre,
um fruto maduro,
e uma estrela brilhante,
para cada caminhante!...
Seguir…seguir sempre!...
Sem um fito…sem um fim….
mas caminhar mesmo assim….
com o vento a bater-me
nas tranças do cabelo, às lufadas,
e a deixar-me beijar
todas as noites pelo luar das estradas!...

Quem me dera ir….
sem pátria, nem lei…
abraçada aos sonhos que sonhei!....
……………………………………

Alda Lara
(in Cigana)

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