Leve mulher, vapor de água, colibri suspenso
no céu da minha boca, desde quando
beijas assim a flor selvagem do destino?
Frágil mulher, o mito que despertas
no meu peito abre caminho
rasgando a carne a golpes de paixão
E é essa dor que dói e não consinto
que deus algum venha apaziguar
que faz da tua noite a minha lua
Mulher de areia, queria ser vento
voar baixinho e levantar tua saia
para arder entre as dunas da cidade.
José Luís Mendonça
(poeta angolano)
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