Na espuma verde,do mar
desenharei o teu nome,
Em cada areia da praia
em cada pólen,da flor
em cada gota,do orvalho
o teu nome,deixarei gravado
No protesto calado,de cada homem ultrajado
em cada insulto,em cada folha caída
em cada boca faminta,hei-de escrever
O teu nome.
Nos seis férteis,das virgens
nos sorrisos perenes,das mães
nos dedos dos namorados
no embrião da semente
Na luz irreal das estrelas
nos limites do tempo
Hei-de uma esperança semear.
António Mendes Cardoso
(poeta cabo-verdeano)
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