No espelho não é eu, sou mim. Não conheço mim, mas sei quem é eu, sei sim. Eu é cara-metade, mim sou inteira. Quando mim nasceu, eu chorou, chorou. Eu e mim se dividem numa só certeza. Alguém dentro de mim é mais eu do que eu mesma. Eu amo mim. Mim ama eu.By Rita Lee
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Receita de Ano Novo
Para você ganhar um belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação (com todo o tempo já vivido,
mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanhe
ou qualquer outra bebida,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
Para todos que 2009 seja melhor ou pelo menos igual ao que está prestes a findar, sinal que conseguimos vencê-lo!
Beijos sinceros
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação (com todo o tempo já vivido,
mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanhe
ou qualquer outra bebida,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
Para todos que 2009 seja melhor ou pelo menos igual ao que está prestes a findar, sinal que conseguimos vencê-lo!
Beijos sinceros
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
O Holy Night
O holy night the stars are brightly shining
It is the night of our dear Savior's birth
Long lay the world in sin and error pining
Till He appeared and the soul felt its worth
It is the night of our dear Savior's birth
Long lay the world in sin and error pining
Till He appeared and the soul felt its worth
A thrill of hope, the weary world rejoices
For yonder breaks a new glorious morn
Fall on your knees
O hear the angels' voices
O night divine
O night when Christ was born
O night divine, O night
O night divine A thrill of hope, the weary world rejoices
For yonder breaks a new and glorious morn
Fall on your knees
O hear the angels' voices
O night divine
O night when Christ was born
O night divine, O night
O night divine
For yonder breaks a new glorious morn
Fall on your knees
O hear the angels' voices
O night divine
O night when Christ was born
O night divine, O night
O night divine A thrill of hope, the weary world rejoices
For yonder breaks a new and glorious morn
Fall on your knees
O hear the angels' voices
O night divine
O night when Christ was born
O night divine, O night
O night divine
domingo, 21 de dezembro de 2008
Falavam-me de amor
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
Natália Correia
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
Natália Correia
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Sempre Natal
O Natal não é somente
Celebrar solenemente
A data mais conhecida
Natal é qualquer momento
De amor e sentimento
Que ilumina a nossa vida.
É o dar sem receber
É no coração conter
Dimensão de caridade
É dar esmola ao mendigo
Ajudar os sem abrigo
Com franca fraternidade.
Natal é p’ro ser humano
Qualquer altura do ano
Em que visita um doente
Quando aos fracos dá a mão
E aos tristes em solidão
Ou conforta alguém ausente.
Natal é a força maior
A grande lição de amor
Que Cristo nos veio trazer
Sem grandes filosofias
Natal é todos os dias
Quando o queiramos fazer !...
Euclides Cavaco
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Poema
Na espuma verde,do mar
desenharei o teu nome,
Em cada areia da praia
em cada pólen,da flor
em cada gota,do orvalho
o teu nome,deixarei gravado
No protesto calado,de cada homem ultrajado
em cada insulto,em cada folha caída
em cada boca faminta,hei-de escrever
O teu nome.
Nos seis férteis,das virgens
nos sorrisos perenes,das mães
nos dedos dos namorados
no embrião da semente
Na luz irreal das estrelas
nos limites do tempo
Hei-de uma esperança semear.
António Mendes Cardoso
(poeta cabo-verdeano)
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António Mendes Cardoso
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Natal
(...)
Da árvore nascia um brilho maravilhoso que
pousava sobre todas as coisas.
Era como se
o brilho de uma estrela se tivesse aproximado da Terra.
Era o Natal. E por isso uma árvore se cobria
de luzes e os seus ramos se carregavam de
extrordinários frutos em memória da alegria
que, numa noite muito antiga, se tinha
espalhado sobre a Terra
pousava sobre todas as coisas.
Era como se
o brilho de uma estrela se tivesse aproximado da Terra.
Era o Natal. E por isso uma árvore se cobria
de luzes e os seus ramos se carregavam de
extrordinários frutos em memória da alegria
que, numa noite muito antiga, se tinha
espalhado sobre a Terra
(...)
Sophia de Mello Breyner Andresen
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Sophia de Mello Breyner Andresen
A minha primeira poesia
Montados em grandes camelos
caminham p´lo extenso deserto
três homens de grisalhos cabelos;
Caminham num sentido certo.
Os homens são os reis magos
que vêm do Oriente;
Caminham devagar já cansados,
caminham sempre para Ocidente.
Sempre pela estrela guiados
chegaram às terras do Além
para adorar o Deus menino
que nascera em Belém.
Depois de terem descansado
e sempre fiéis à sua cruz
dirigiram-se ao estábulo
onde nascera o Deus Jesus.
Adoraram o Deus Menino
como seu único Senhor;
Adoraram-no como se adora
ao nosso Rei, o Salvador.
Depois de O adorarem
ofereceram-lhe lindos presentes:
ouro, incenso, mirra
e brocados reluzentes
MAS
(Aos 12 anos
Lobito, 1960)
caminham p´lo extenso deserto
três homens de grisalhos cabelos;
Caminham num sentido certo.
Os homens são os reis magos
que vêm do Oriente;
Caminham devagar já cansados,
caminham sempre para Ocidente.
Sempre pela estrela guiados
chegaram às terras do Além
para adorar o Deus menino
que nascera em Belém.
Depois de terem descansado
e sempre fiéis à sua cruz
dirigiram-se ao estábulo
onde nascera o Deus Jesus.
Adoraram o Deus Menino
como seu único Senhor;
Adoraram-no como se adora
ao nosso Rei, o Salvador.
Depois de O adorarem
ofereceram-lhe lindos presentes:
ouro, incenso, mirra
e brocados reluzentes
MAS
(Aos 12 anos
Lobito, 1960)
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
"Natal das crianças"
Nos olhos duma criança
Brilha uma luz de esp’rança
Pura, expressiva e real
Que na sua inocência
Dão sentido e transparência
Ao verdadeiro Natal !...
P’rás crianças o Natal
É a grande festa afinal
Que é por elas mais vivida
Onde os adultos lhe dão
A verdadeira atenção
Quantas vezes esquecida !
É para elas magia
Universo de alegria
Duma emoção jovial
Com candura e inocentes
Acreditam que os presentes
São obra do Pai Natal !...
Na sua simplicidade
Mostram aos de mais idade
Como o Natal mesmo é .
À noite com seu carinho
Colocam o sapatinho
Com ternura à chaminé...
Acreditam mesmo e só
Que o Pai Natal de trenó
Traz para todos lembranças!
Que bom seria parar
No tempo e, acreditar
No Natal como as crianças !...
Euclides Cavaco
Brilha uma luz de esp’rança
Pura, expressiva e real
Que na sua inocência
Dão sentido e transparência
Ao verdadeiro Natal !...
P’rás crianças o Natal
É a grande festa afinal
Que é por elas mais vivida
Onde os adultos lhe dão
A verdadeira atenção
Quantas vezes esquecida !
É para elas magia
Universo de alegria
Duma emoção jovial
Com candura e inocentes
Acreditam que os presentes
São obra do Pai Natal !...
Na sua simplicidade
Mostram aos de mais idade
Como o Natal mesmo é .
À noite com seu carinho
Colocam o sapatinho
Com ternura à chaminé...
Acreditam mesmo e só
Que o Pai Natal de trenó
Traz para todos lembranças!
Que bom seria parar
No tempo e, acreditar
No Natal como as crianças !...
Euclides Cavaco
Trilogia do Outono
III
E mais, ainda um pouco mais somente...
Ao alto da montanha , outra montanha.
Se é chama a febre que a minha alma ganha,
sempre há-de consumir-se inteiramente.
Ficar onde a incerteza não consente,
é ter por outra, a paz que me acompanha.
Pode ser garra o quanto é de dor tamanha,
mas há-de rasgar inutilmente.
Deixai no alto céu, o alto espaço!
Deixai voar a asa do meu braço,
correr os mundos todos que ideou...
E quem escrever loucura, há-de ler sede!
Também o pensamento não se mede,
Também o Cristo é Deus, e não ficou.
Alda Lara
domingo, 14 de dezembro de 2008
Parabéns pelo teu aniversário
Neste mês não se festeja unicamente o aniversário do nascimento de Jesus Cristo.
Também pessoas muito importantes na minha vida o fazem.
Mesmo longe espero que tenhas tido um dia feliz, cheio de sol, muita praia e muuuuuuuito calor.
Recebe uma beijoka e um abraço desta tua amiga
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Amigos especiais,
Dias especiais
Natal Africano
Não há pinheiros nem há neve,
Nada do que é convencional,
Nada daquilo que se escreve
Ou que se diz...
Mas é Natal.
Que ar abafado! A chuva banha
A terra, morna e vertical,
Plantas da flora mais estranha,
Aves da fauna tropical.
Nem luz, nem cores, nem lembranças
Da hora única e imortal.
Somente o riso das crianças
Que em toda a parte é sempre igual.
Não há pastores nem ovelhas,
Nada do que é tradicional.
As orações, porém são velhas
E a noite é Noite de Natal.
Cabral do Nascimento
Nada do que é convencional,
Nada daquilo que se escreve
Ou que se diz...
Mas é Natal.
Que ar abafado! A chuva banha
A terra, morna e vertical,
Plantas da flora mais estranha,
Aves da fauna tropical.
Nem luz, nem cores, nem lembranças
Da hora única e imortal.
Somente o riso das crianças
Que em toda a parte é sempre igual.
Não há pastores nem ovelhas,
Nada do que é tradicional.
As orações, porém são velhas
E a noite é Noite de Natal.
Cabral do Nascimento
sábado, 13 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Era o Natal
(...)
Da árvore nascia um brilho maravilhoso que
pousava sobre todas as coisas.
Era como se
o brilho de uma estrela se tivesse aproximado da Terra.
Era o Natal. E por isso uma árvore se cobria
de luzes e os seus ramos se carregavam de
extrordinários frutos em memória da alegria
que, numa noite muito antiga, se tinha
espalhado sobre a Terra
(...)
Sophia de Mello Breyner Andresen
Da árvore nascia um brilho maravilhoso que
pousava sobre todas as coisas.
Era como se
o brilho de uma estrela se tivesse aproximado da Terra.
Era o Natal. E por isso uma árvore se cobria
de luzes e os seus ramos se carregavam de
extrordinários frutos em memória da alegria
que, numa noite muito antiga, se tinha
espalhado sobre a Terra
(...)
Sophia de Mello Breyner Andresen
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Sophia de Mello Breyner Andresen
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Poemas de Natal, a FestaTriste
•..•♥•..•
A festa triste...
Não, o Natal não é uma festa alegre,
é uma festa triste.
De repente
as crianças (logo as crianças!)
separam o mundo em duas metades
desiguais:
- de um lado, a abastança, indiferente ou piedosa;
do outro, a necessidade, a mendigar seus restos
como há milênios faz...
As crianças (logo as crianças!)
Algumas com presentes, brinquedos, esperanças,
e as puras alegrias que o bom Velhinho
lhes traz do céu;
outras, sem terem nada, e mesmo tendo pais,
são "órfãos do Natal",
não tem Papai Noel...
Não. Neste mundo como está,
(neste mundo profano
que a um olhar mais humano
não resiste),
o Natal pode ser uma festa,
(quem contesta?)
mas é uma festa triste...
•..•♥•..•
Araújo Jorge
A festa triste...
Não, o Natal não é uma festa alegre,
é uma festa triste.
De repente
as crianças (logo as crianças!)
separam o mundo em duas metades
desiguais:
- de um lado, a abastança, indiferente ou piedosa;
do outro, a necessidade, a mendigar seus restos
como há milênios faz...
As crianças (logo as crianças!)
Algumas com presentes, brinquedos, esperanças,
e as puras alegrias que o bom Velhinho
lhes traz do céu;
outras, sem terem nada, e mesmo tendo pais,
são "órfãos do Natal",
não tem Papai Noel...
Não. Neste mundo como está,
(neste mundo profano
que a um olhar mais humano
não resiste),
o Natal pode ser uma festa,
(quem contesta?)
mas é uma festa triste...
•..•♥•..•
Araújo Jorge
(Poeta Brasileiro)
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Uma florzinha silvestre, delicada e cheirosa
Quando olho o horizonte e me lembro dos amigos que estão longe, penso que mesmo separados,encontramo-nos num lugar secreto chamado pensamento....
Boas férias
Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Cecília Meireles
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Cecília Meireles,
Poesia universal
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Apelo ao Menino Jesus
Menino Jesus branco, Menino Jesus branco,
Vem connosco
Comer funge com as mãos.
Vem saborear comida de negro:
Musongué, canjica, calulu,
Quifufutila, quitaba, matandi;
Vem beber bolunga, marufo,
Quimbombo e macau.
Vem, Menino Jesus branco,
Vem dançar nossas rebitas,
Massembas e quilapangas.
Vem ouvir a magia das marimbas,
Das puitas e quissanges
E extasiar-te ante a grandeza dos batuques.
Se te cansares,
Também há uma esteira de matêba,
Para te deitares connosco .
Ah! Menino Jesus branco,
Este é o dia-a-dia do mundo do negro!
Um mundo em que tu, Menino Jesus branco
Estás convidado a viver
Nem que seja por um só dia!
Eduardo Brazão-Filho
Vem connosco
Comer funge com as mãos.
Vem saborear comida de negro:
Musongué, canjica, calulu,
Quifufutila, quitaba, matandi;
Vem beber bolunga, marufo,
Quimbombo e macau.
Vem, Menino Jesus branco,
Vem dançar nossas rebitas,
Massembas e quilapangas.
Vem ouvir a magia das marimbas,
Das puitas e quissanges
E extasiar-te ante a grandeza dos batuques.
Se te cansares,
Também há uma esteira de matêba,
Para te deitares connosco .
Ah! Menino Jesus branco,
Este é o dia-a-dia do mundo do negro!
Um mundo em que tu, Menino Jesus branco
Estás convidado a viver
Nem que seja por um só dia!
Eduardo Brazão-Filho
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Eduardo Brazão Filho,
Natal
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Poema de Natal
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinícius de Moraes
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinícius de Moraes
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