Ouço através da janela,
A chuva, o cantar do vento;
E da minha escura cela
Olho a molhada viela
Caída no esquecimento.
Viela, pedras brilhantes
Abandonadas no chão;
Pedras húmidas, cortantes,
Pedras negras, suplicantes,
Que esperam seu perdão.
E a chuva e o vento
Ouço, através da janela;
Olho ainda sonolento
Caída no esquecimento
A minha pobre viela.
Nostálgico, fico olhando
As pedras do meu caminho;
Fico vendo-as suplicando
E entre si murmurando
E ouço-as chorar baixinho.
M.A.S.
Novo Redondo, Angola
A chuva, o cantar do vento;
E da minha escura cela
Olho a molhada viela
Caída no esquecimento.
Viela, pedras brilhantes
Abandonadas no chão;
Pedras húmidas, cortantes,
Pedras negras, suplicantes,
Que esperam seu perdão.
E a chuva e o vento
Ouço, através da janela;
Olho ainda sonolento
Caída no esquecimento
A minha pobre viela.
Nostálgico, fico olhando
As pedras do meu caminho;
Fico vendo-as suplicando
E entre si murmurando
E ouço-as chorar baixinho.
M.A.S.
Novo Redondo, Angola
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