quarta-feira, 30 de abril de 2008

Pergunta-me


Pergunta-me
se ainda és o meu fogo
se acendes ainda
o minuto de cinzas
e despertas
a ave magoada
que se queda
na árvore do meu sangue

Pergunta-me

se o vento não traz nada
se o vento tudo arrasta
se na quietude do lago
repousaram a fúria
e o tropel de mil cavalos

Pergunta-me
se te voltei a encontrar
de todas as vezes que me detive
junto das pontes enevoadas
e se eras tu
quem eu via
na infinita dispersão do meu ser
se eras tu
que reunias pedaços do meu poema
reconstruindoa folha rasgada
na minha mão descrente
Qualquer coisa
pergunta-me qualquer coisa
uma tolice
um mistério indecifrável
simplesmente
para que eu saiba
que queres ainda saber
para que mesmo sem te responder
saibas o que te quero dizer

Mia Couto

terça-feira, 29 de abril de 2008

LER

Inicial


Lembranças


Passa um vento morno,
Um vento morno
Na trémula palmeira,
Na neblina prateada.

Envoltos na ténue distância
Morros azuis de mata
Lá ao longe.
Algures um sino suave tange.

No vento ondula como flâmula
Uma saia berrante cor de sangue.

Árvores de fruta pão
Bailando, mãos abertas,
Leques de bananeiras
Oscilando lentamente.

Visão fugidia, retratada
Por inteiro
No livro silencioso da memória.

Lembrança de São Tomé,
Sangué, trémula e prateada...

Saudade de São Tomé...

Neves e Sousa

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Momento

Serra da Lousã

Deixa-me poisar assim,
sob a asa dos teus braços,
tonta de sono e fadiga…

Deixa-me poisar assim,
abandonada em silêncio,
embalada pela voz amiga
dos gestos
perfeitamente exactos…

Deixa-me poisar assim
sob a asa de ferro
dos teus braços…

Amanhã,
que frio,
e que dor,
na madrugada sem remissão…

Deixa-me pois
ainda um pouco mais
assim…

Que ao menos esta hora,
seja nossa…

Alda Lara


Para ti

Corações distantes


Um dia,um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
-Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
-Gritamos porque perdemos a calma - disse um deles.
-Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?- questionou novamente o pensador.
-Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:-Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
"-Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecida? O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.

Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?
Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessita sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas."
Por fim, o pensador conclui, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".
Quando você for discutir com alguém, lembre-se que o coração não deve tomarparte nisso.
Se a pessoa com quem discutimos não concorda com nossas ideias, não é motivo para gostar menos dela ou nos distanciar, ainda que por instantes.
Quando pretendemos encontrar soluções para as desavenças, falemos num tom de voz que nos permita uma aproximação cada vez maior, como a dizer para a outra pessoa:
"Eu, não concordo com suas ideias ou opiniões, mas isso não me faz gostar menos de você!"
Reflicta sobre isso...

[Autor desconhecido]

sexta-feira, 25 de abril de 2008

terça-feira, 22 de abril de 2008

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Caminho


Mar


Ai mar… grande mar,
que levas os meus sonhos a boiar
nas tuas águas.

Vai
Vai contar às praias,
que ficam além de ti , ó mar,
que chorei sozinha as lágrimas
com que me viste chorar.

Meus cílios estão salgados do teu sal,
meus vestidos corados de algas
que ainda me destes.
Só meu coração não foi contigo, mar
e ficou a soluçar…
Apenas as praias que ficam
respondem pelo mar
que a nossa terra traz,
que o meu desejo
nenhum é…

Ai mar, grande mar
para que me trouxeste
e me hás-de levar.
Um dia
irás contar a minha nostalgia
às praias da minha terra, onde nasci…

Alda Lara

domingo, 20 de abril de 2008

A Caminhada


Às vezes sentimo-nos meio perdidos, sozinhos
e sentimos a necessidade
de procurar novos caminhos para nossas vidas...
Nestas caminhadas encontramos muitas pedras...
Que lapidadas transformam-se numa jóia preciosa :
a experiência!
Encontraremos pessoas mais novas... E com elas reaprendemos a inocência perdida... Encontraremos pessoas mais idosas
e com elas aprenderemos a ser maduros... Aprenderemos que o fogo que queima,
também esquenta as noites de frio...



Em algum momento nossa caminhada será interrompida
e aprenderemos que foi apenas uma pausa
para o descanso da alma ...
Às vezes achamos que perdemos algumas pessoas,
mais depois percebemos que elas é que nos perderam. Sentiremos medo e solidão, mas encontraremos sempre
a mão amiga daquele que morreu por nós...



E se achamos que a caminhada é longa demais,
temos a garantia do abraço sempre aconchegante
daqueles que também dariam a vida por nós: nossos pais.
Ao final desta grande caminhada que se chama VIDA
percebemos que o que realmente importa são aquelas coisas
que podemos carregar dentro dos nossos corações.



Portanto, guarda somente os bons sentimentos.
Assim chegaremos com o coração leve
e a mala cheia de boas lembranças...




Autor desconhecido

(Recebido pelo correio)

Nat King Cole

É bom receber miminhos, e este acabou de chegar.

Saboreei com gosto.

Obrigada.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cântico nocturno


Ouço através da janela,
A chuva, o cantar do vento;
E da minha escura cela
Olho a molhada viela
Caída no esquecimento.

Viela, pedras brilhantes
Abandonadas no chão;
Pedras húmidas, cortantes,
Pedras negras, suplicantes,
Que esperam seu perdão.

E a chuva e o vento
Ouço, através da janela;
Olho ainda sonolento
Caída no esquecimento
A minha pobre viela.

Nostálgico, fico olhando
As pedras do meu caminho;
Fico vendo-as suplicando
E entre si murmurando
E ouço-as chorar baixinho.

M.A.S.
Novo Redondo, Angola

Compreender

quarta-feira, 16 de abril de 2008

I miss you so

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Those happy hours I spent with you

That lovely afterglow

Most of all, I miss you so

Your sweet caresses, each rendezvous

You voice so soft and low

Most of all, I miss you so

You once filled my heart with

No regrets, no fears

Now you'll find my heart

Filled to the top with tears

I'll always love you and ant you, too

How much you'll never know

Most of all, I miss you so

Meu sonho


Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar ?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.

Cecília Meireles

terça-feira, 15 de abril de 2008

Casa branca

Foto:Iguana Africana

Casa branca em frente ao mar enorme,
Com o teu jardim de areia e flocos marinhas
E o teu silêncio intacto em que dorme
O milagre das coisas que eram minhas.


A ti eu voltarei após o incerto
Calor de tantos gestos recebidos
Passados os tumultos e o deserto
Beijados os fantasmas, percorridos
Os murmúrios da terra indefinida.


Em ti renascerei num mundo meu
E a redenção virá nas tuas linhas
Onde nenhuma coisa se perdeu
Do milagre das coisas que eram minhas.


Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, 14 de abril de 2008

domingo, 13 de abril de 2008

São Paulo de Luanda


Entro no teu Nome
- S. Paulo de Luanda
-E vou pela Alma
Das ruas que soltam
Um tempo escondido
Dos Sonhos que voltam?!

E assim, de repente
Conduzes Minh’Alma
És tu que me habitas:
- Farrapos dispersos
Pela Tradição.
Atalhos secretos
Da História in-sondada
Da Oralidade...
Amores ressurectos
Milongos antigos ...
Aromas cromias
E outras terapias
Do nosso Universo
Sofrido de afectos ...

S. Paulo de Luanda
- Subúrbio, Cidade
Palmares e kalungas...

S. Paulo de Luanda
Em espaço in-concreto
Do nosso futuro
Ainda nascente
Do ventre estuprado
Duma adolescente
Com túrgidos seios
De bronze abrasivo
Parindo Jingongos
Em chão de luando...
Em solo bravio

Lá fora a mangonha
Lá fora a preguiça
Por trás do biombo
Do morro ascendente
Do tempo a noivar
- Cacimbo entornado
De um Maio nocturno
Já sub-lunar...

(Porém na penumbra
Da praia a dormir ...)
Inda se vislumbra:
- Recreios n’areia
Serão de sereias
A brisa A carpir ...

S. Paulo de Luanda!...
Indómito Encanto

- Lenhosa memória
De velhos tambores
Sinais milenários
Dos batucadores ...

Rufar ritmado
De um som viajado
Por morros e sembas
Por contos e Kombas
E prantos calados
Que nunca se ouviram ...

S. Paulo de Luanda
Lugar feminino
De rimas ao colo.
Regaço de um Hino
De vários crioulos
Que dizem seu nome
Grafando n’areia
Da Lua que anda ...

S. Paulo de Luanda!
- Nome de Canção
- Trovar do seu nome!
- Muxima a vibrar
Com sons de Kissanje,
Dikanzas, Marimbas
Com sons de viola
Que ecoam cá fora
Mas soam de dentro
Desta MÃE:
-ANGOLA

Eleutério Sanches – Julho 2002

sábado, 12 de abril de 2008

O segredo

Bebido o luar

Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.
Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.
Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Ser forte


Ser forte é amar alguém em silêncio.
Ser forte é irradiar felicidade quando se é infeliz.
Ser forte é tentar perdoar alguém que não merece perdão.
Ser forte é esperar, quando não se acredita no retorno.
Ser forte é manter-se calmo no momento de desespero.
Ser forte é demonstrar alegria quando não a sente.
Ser forte é sorrir quando se deseja chorar.
Ser forte é fazer alguém feliz quando se tem o coração em pedaços.
Ser forte é calar quando o ideal seria gritar à todos a sua angústia.
Ser forte é consolar quando se precisa de consolo.
Ser forte é ter fé naquilo que não se acredita.
Por isso, mesmo diante da dura realidade e por mais difícil que a vida possa parecer: Ame-a e seja Forte!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Momentos

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que elas acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”

(Fernando Pessoa)

Saudades


Saudades! Sim...talvez...e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!

Florbela Espanca

quinta-feira, 10 de abril de 2008

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mutilação


Meu corpo, lancei-o ao mar,
para que o mar o levasse,
e matasse aos peixes belos,
a fome dos seus anelos…

Meus olhos, joguei-os longe!
Atirei-os às estrelas solitárias
de uma noite…

Doei meus lábios vermelhos
à criança prostituída…
Mais! entreguei os meus nervos
Aos violinos da Vida…

E daqueles longos cabelos,
fiz agasalhos de tiras,
com que embrulhei, ressequidos
os troncos das árvores velhas…

……………………………………………………

Hoje, p´ra além do meu cansaço,
só me resta o coração,
que continua a bater
transfigurado no espaço!

Alda Lara

Quando a morte de mim se lembrar


Quando a morte de mim se lembrar
E me vier abraçar...
Minha lembrança a vossas cabeças irá aflorar!

Não quero meus amigos...nem choros nem ais!

Quero rostos felizes
Ao lembrarem, que mesmo de olhar triste...
E alma 'viajante'...
Meu sorriso era constante!

Por mim não se entristeçam!
Vivam e floresçam!

Sorriem ao pensar
Que a paz que tanto em vida busquei
Finalmente...a alcancei!


Fátima Rodrigues

terça-feira, 8 de abril de 2008

Eu não tenho...


Desnecessária explicação


Que importa a melodia,
Se acaso aos outros dou,
com pálida alegria,
o pouco que me sou?

Que importa ao que me sabe,
estar só no meu caminho,
se dentro de mim cabe,
a glória de ir sozinho?

Que importa a vã ternura,
das horas magoadas,
se ao meu redor perdura
o eco das passadas?

Que importa a solidão,
e o não saber onde ir.
Se tudo, ao coração,
nos fala de partir?

Daniel Filipe

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Ana Carolina

Fecho os olhos e parto


Fecho os olhos e parto
para um outro espaço
onde vou acolher
a luz para poder continuar
a caminhar pela vida,
experimentar um virginal prazer
desde um terno regaço
a um pesadelo que possa trazer,
na hora de despertar
até nova dormida
o sonho, consolo da vida.

Em algum lugar do céu
está alguém capaz
de me fazer sonhar.

Fecho os olhos e parto
para um Mundo distante
onde a força é sagrada
e o riso é constante amanhecer,
vejo a terra oscilante
e as asas que crescem em meu ser
elas são lembrança perdida
que na vida, é urgente acender
na hora do despertar
até nova dormida,
o sonho, consolo da vida.

Em algum lugar do céu
está alguém capaz ,
de me fazer sonhar.

Eduardo Jorge

domingo, 6 de abril de 2008

AVE

Foto:Iguana Africana

Seria um pássaro
No sono das asas
ondulava
toda a solidão do céu
Terrestre,
Só a fugitiva sombra
Paisagem nenhuma
lhe dava abrigo
Pousado,
o corpo
de si mesmo se exilava
Nos ensinava
a deslumbrância da viagem
a nós que só na morte
olharemos os céus de frente.

Mia Couto

sábado, 5 de abril de 2008

Surucucu


.
Fui mordida sem remédio,
quem me mordeu foste tu...
E agora morro de tédio,
veneno surucucu.
.
Foi numa triste cubata,
mais longe do que a distância,
mais longe do que a saudade,
que é tempo morto que mata.
.
Nunca mais posso esquecer
a tua boca sem fala,
quando um leão, que era rei,
assustava e complicava
os murmúrios da sanzala.
.
Uma palmeira
à luz da Lua, parecia que rezava
naquele mundo profano!...
.
Fui mordida... - Foste tu! -
Nunca mais posso esquecer-te,
- veneno surucucu.


Tomaz Vieira da Cruz

Para o amigo que não "via" há 43 anos

quinta-feira, 3 de abril de 2008

I cried for you

Os teus olhos


A vida é bela
quando há algo
com que sonhar.

Quimeras passam
vêm saudades
que se acendem
no meu peito
ansioso de vida.

A vida é bela
é um sonho de criança
um pedido de inocência.

É bom amar;
A vida é bela;

E eu vivo
só porque sonho
com os teus olhos.


M.A.S.
Nova Lisboa,1969

Felicidade

Stacey Kent

terça-feira, 1 de abril de 2008

Destino


Nenhum beijo seria mais longo…
que o da asa roçando ao de leve
uma corola…

Nenhum abraço mais quente
que o do vento morno de verão
embalando as folhas…

Nenhum adeus seria mais ardente
que o adeus com que olhas
os que olhas levemente…

Nada seria mais denso
que a presença frágil
de um desejo apenas…

E tudo o resto que foi?

Senão a presença frágil,
Senão a asa e o vento,
Senão o adeus silente
Com que só amas e olhas
Os que olhas levemente?

Alda Lara

Nem tudo é fácil...


É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.

É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada

É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.

É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.

É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.

É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.

É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.

É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.

Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?

Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?

Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?

Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz? Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza,nada é impossível.

Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos,
Mas também tornemos todos esses desejos, realidade!!!


Cecília Meireles