Para todos um Feliz Ano Novo
No espelho não é eu, sou mim. Não conheço mim, mas sei quem é eu, sei sim. Eu é cara-metade, mim sou inteira. Quando mim nasceu, eu chorou, chorou. Eu e mim se dividem numa só certeza. Alguém dentro de mim é mais eu do que eu mesma. Eu amo mim. Mim ama eu.By Rita Lee
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Pedido
Só te peço esse olhar doce
Profundo, naufragado
No teu olhar.
Essa tão doce promessa
De beijar submersa
Nos teus lábios de sangue...
...para fazer as coisas mais impossíveis do Mundo!
António Cardoso
Profundo, naufragado
No teu olhar.
Essa tão doce promessa
De beijar submersa
Nos teus lábios de sangue...
...para fazer as coisas mais impossíveis do Mundo!
António Cardoso
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Natal em África
Não há pinheiros nem há neve,
Nada do que é convencional,
Nada daquilo que se escreve
Ou que se diz...
Mas é Natal.
Que ar abafado! A chuva banha
A terra, morna e vertical,
Plantas da flora mais estranha,
Aves da fauna tropical.
Nem luz, nem cores, nem lembranças
Da hora única e imortal.
Somente o riso das crianças
Que em toda a parte é sempre igual.
Não há pastores nem ovelhas,
Nada do que é tradicional.
As orações, porém são velhas
E a noite é Noite de Natal.
Cabral do Nascimento
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Natal
sábado, 5 de dezembro de 2009
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drummond de Andrade
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Poesia universal
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Fundo do mar
Quero ver o fundo do mar
esse lugar de onde se desprendem
as ondas
e se arrancamos olhos aos corais
e onde a morte beija
o lívido rosto dos afogados
Quero ver
esse lugar
onde se não vê
para que
sem disfarce
a minha luz se revele
e nesse mundo
descubra a que mundo pertenço
Mia Couto
esse lugar de onde se desprendem
as ondas
e se arrancamos olhos aos corais
e onde a morte beija
o lívido rosto dos afogados
Quero ver
esse lugar
onde se não vê
para que
sem disfarce
a minha luz se revele
e nesse mundo
descubra a que mundo pertenço
Mia Couto
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